quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A escola da família


Está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): as escolas têm a obrigação de se articular com as famílias e os pais têm direito a ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais. Porém nem sempre esse princípio é considerado quando se forma o vínculo entre diretores, professores e coordenadores pedagógicos e a família dos alunos 
O relacionamento chega a ser ambíguo. Muitos gestores e docentes, embora no discurso reclamem da falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos - com alguns até atribuindo a isso o baixo desempenho deles - não se mostram nada confortáveis quando algum membro da comunidade mais crítico cobra qualidade no ensino ou questiona alguma rotina da escola. Alguns diretores percebem essa atitude inclusive como uma intromissão e uma tentativa de comprometer a autoridade deles. Já a maioria dos pais, por sua vez, não participa mesmo. Alguns por não conhecer seus direitos. Outros porque não sabem como. E ainda há os que até tentaram, mas se isolaram, pois nas poucas experiências de aproximação não foram bem acolhidos e se retraíram. 
No Brasil, o acesso em larga escala ao ensino se intensificou nos anos 1990, com a inclusão de mais de 90% das crianças em idade escolar no sistema. Para as famílias antes segregadas do direito à Educação, o fato de haver vagas, merenda e uniforme representou uma enorme conquista. "Muitos pais veem a escola como um benefício e não um direito e confundem qualidade com a possibilidade de uso da infraestrutura e dos equipamentos públicos. Isso de nada adianta se a criança não aprender", afirma Maria do Carmo Brant de Carvalho, coordenadora geral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), em São Paulo. 
A escola foi criada para servir à sociedade. Por isso, ela tem a obrigação de prestar contas do seu trabalho, explicar o que faz e como conduz a aprendizagem das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos filhos. "Os educadores precisam deixar de lado o medo de perder a autoridade e aprender a trabalhar de forma colaborativa", afirma Heloisa Szymanski, do Departamento de Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Um estudo realizado pelo Convênio Andrés Bello - acordo internacional que reúne 12 países das Américas - chamado A Eficácia Escolar Ibero-Americana, de 2006, estimou que o "efeito família" é responsável por 70% do sucesso escolar. "O envolvimento dos adultos com a Educação dá às crianças um suporte emocional e afetivo que se reflete no desempenho", afirma Maria Amália de Almeida, do Observatório Sociológico Família-Escola, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Mas o que significa uma parceria saudável entre essas duas instituições? Os pais devem ajudar no ensino dos conteúdos e os professores no dos bons modos? Claro que não. A colaboração que se espera é de outra ordem. "O papel do pai e da mãe é estimular o comportamento de estudante nos filhos, mostrando interesse pelo que eles aprendem e incentivando a pesquisa e a leitura", diz Antônio Carlos Gomes da Costa, pedagogo mineiro e um dos redatores do ECA (leia sobre o que a família pode fazer para ajudar na Educação dos filhos no quadro abaixo). Para isso, é preciso orientar os pais e subsidiá-los com informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem, colocá-los a par dos objetivos da escola e dos projetos desenvolvidos e criar momentos em que essa colaboração possa se efetivar.
Quando o assunto é aprendizagem, o papel de cada um está bem claro - da escola, ensinar, e dos pais, acompanhar e fazer sugestões. Porém, se o tema é comportamento, as ações exigem cumplicidade redobrada. Ao perceber que existem problemas pessoais que se refletem em atitudes que atrapalham o desempenho em sala de aula, os pais devem ser chamados e ouvidos, e as soluções, construídas em conjunto, sem julgamento ou atribuição de culpa. "Um bom começo é ter um diálogo baseado no respeito e na crença de que é possível resolver a questão", acredita Márcia Gallo, diretora da EME Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, SP, e autora do livro A Parceria Presente: A Relação Família-Escola numa Escola de Periferia de São Paulo.


Fonte: Nova Escola Gestão Escolar 
Escola Municipal realiza semana do Trânsito

A Escola Rotary, no bairro do Caranazal, Santarém (PA) está desenvolvendo por toda essa semana projeto voltado à educação no Trânsito. O assunto é extremamente necessário para que nosso alunado esteja preparado para agir diante de tanta mudança ocorrida no trânsito de nossa cidade, sobretudo, com o aumento no número de veículos. Na próxima sexta-feira, dia 19/09/2014, os alunos e professores estarão fazendo uma blitz educativa em frente ao educandário, entregando material educativo criado pelos próprios alunos. Será das 8 às 9h da manhã. Uma das lutas da gestão, desde de junho, é conseguir que o órgão competente (SMT), realize a repintura da faixa de pedestre, mas, até agora a escola não foi atendida.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

IDEB aponta melhoria no ensino fundamental

Depois de muita expectativa, saiu esta semana o resultado do IDEB 2013.  Em termos gerais as escolas municipais de todo País apresentaram melhora no seu resultado, elevando o Brasil de 4.7 para 4.9 na séries iniciais. Em Santarém a nota foi de 4.9 nas séries iniciais. No entanto, nas séries finais não atingiu a meta, que era 4.6, pontuando 4.0. A Escola Municipal Rotary, se manteve com a mesma nota de 2011 - 5.3, ficando ainda com um ponto a mais da meta (5.2) nas séries iniciais. Em 2015, ano da próxima prova, pela primeira vez a escola será submetida ao exame para o 9º ano. Parabéns a todas as escolas do nosso município que conseguiram atingir suas metas. 2015 vem aí, com mais Prova Brasil!

sábado, 30 de agosto de 2014

Escolas participam do Pacto Pela Educação

Escolas participam do Pacto Pela Educação

No último sábado, dia 23/08, as escolas municipais de Santarém (PA), participaram do Pacto Pela Educação. Um dia com atividades variadas, envolvendo funcionários, alunos, pais e comunidades. 
Na Escola Rotary, no bairro do Caranazal, a ação começou com a coleta seletiva de materiais plásticos como sacolas e embalagens para reciclagem, culminando com salas temáticas de contação de histórias, jogos, cinema, e, uma sala específica com atividades lúdicas com professoras do PNAIC (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa), tendo como temática o Folclore.
Todas as atividades foram acompanhadas pelos familiares dos educandos, que prestigiaram cada sala temática e as apresentações culturais feitas pelas crianças, além de demonstração de artes marciais como o judô e a apresentação de flauta doce, essas últimas sob responsabilidade do Programa Mais Educação.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Precisa de ajuda? Então peça

Precisa de ajuda? Então peça
Atenção aos sinais Muitas vezes, a correria do dia a dia vira rotina e o diretor não percebe que está acumulando mais tarefas do que deveria. Porém algumas situações recorrentes apontam que é hora de mudar de atitude. Perceba se um ou mais desses problemas está acontecendo com você. 

Sabe aquela vontade de se multiplicar por dez para dar conta de todas as pendências acumuladas sobre a mesa e que você, diretor, acha que só você pode resolver? O peso da função e a vontade de que nada saia errado geram aquela conhecida tentação de abraçar o mundo. E isso não é um bom sinal. Não importa quão capacitado, empenhado e multitarefa um profissional seja. Ninguém consegue ser um bom gestor até se conscientizar da importância de confiar tarefas a outras pessoas. 

À primeira vista, fazer tudo sozinho pode parecer mais simples, rápido e seguro. Mas isso é ilusão. Quem escolhe esse caminho fica com mais atribuições do que pode resolver em tempo hábil e perde a oportunidade de valorizar a atuação da equipe e colocá-la como protagonista das ações da escola. "Delegar é uma das maiores competências que o gestor pode desenvolver. Ao dividir a responsabilidade, ele ajuda no desenvolvimento dos auxiliares e se libera para as ações estratégicas", explica Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. Ser centralizador pode trazer problemas não apenas ao diretor, mas também a toda a comunidade. Porém atenção! Ao distribuir as tarefas, é preciso orientar, acompanhar a execução e definir meta e prazo para a conclusão.
(Fonte: Gestão Escolar Digital)